terça-feira, 16 de setembro de 2008

Introdução - Células-tronco


Foto cedida por Universidade de Wisconsin, Board of Regents
Vista microscópica 10x de uma colônia de células-tronco embriônicas (as colônias de células-tronco são as massas redondas e densas de células)





Dentro de um embrião que tem aproximadamente o tamanho do ponto final desta frase, há dezenas de células-tronco. Células-tronco são pluripotentes, o que significa que elas podem se desenvolver em cada célula, cada tecido e cada órgão no corpo humano.

Seu potencial quase ilimitado fez das células-tronco um foco significante nas pesquisas médicas. Imagine ter a habilidade de devolver a memória a um paciente com Alzheimer (em inglês), repor pele perdida durante um terrível acidente ou habilitar uma pessoa em cadeira de rodas a andar novamente. Mas antes dos cientistas poderem usar células-tronco para fins médicos, eles devem primeiro aprender como utilizar seu poder. Eles não podem tratar uma doença até que aprendam como manipular células-tronco para desenvolvê-las nos tecidos ou órgãos específicos.

Neste artigo, veremos as células-tronco, descobriremos como elas funcionam, veremos seu potencial para tratar doenças e entraremos nos bancos de dados que cercam suas pesquisas e usos.

Princípios básicos das células-tronco
Uma célula-tronco é essencialmente o bloco de construção do corpo humano. As células-tronco dentro de um embrião eventualmente crescerão em cada célula, órgão e tecido no corpo do feto. Diferente de uma célula regular, que pode apenas se replicar para criar mais de seu próprio tipo de célula, uma célula-tronco é pluripotente. Quando se divide, ela pode formar qualquer uma das 220 diferentes células no corpo humano. As células-tronco têm também a capacidade de auto-renovação - elas podem se reproduzir muitas vezes.

Há dois tipos de células-tronco: células-tronco embrionárias e células-tronco adultas. Células-tronco embrionárias vêm de um embrião - a massa de células na primeira fase no desenvolvimento humano que, se implantada no útero feminino, eventualmente desenvolverá um feto. Quando o embrião está entre o terceiro e o quinto dia de idade, ele contém células-tronco, que estão trabalhando para criar os vários órgãos e tecidos que formarão o feto.

Os adultos também têm células-tronco no coração, cérebro, medula óssea, pulmões e outros órgãos. Eles são nossos kits de reparos embutidos, regenerando células danificadas por doenças, ferimentos e desgaste diário. As células-tronco adultas já foram vistas como sendo mais limitadas, apenas desenvolvendo os mesmos tecidos de onde se originavam. Mas novas pesquisas sugerem que células-tronco adultas podem ter o potencial de gerar outros tipos de células, também. Por exemplo, células hepáticas podem ser atraídas a produzir insulina, que é normalmente produzida no pâncreas. Esta capacidade é conhecida como plasticidade ou transdiferenciação.

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